sexta-feira, novembro 27, 2009
Postado por Fábio Andrade às 12:47 PM
2008 em 10 discos
Em época em que até o mau gosto dos anos 1980 parece em alta novamente – algo que pode ser visto tanto nas cores dos anúncios de uma American Apparel, quanto nas calças à MC Hammer que tomam as ruas da cidade – é fácil subestimar o feito realizado pelo grupo australiano Cut Copy em seu In Ghost Colours. Pois, embora esteja claramente conectado a um sentimento revivalista carnavalesco da década de 1980, In Ghost Colours se faz realmente impressionante por driblar a redução sempre assassina do kitsch, se relacionando com a cultura que lhe interessa com uma frontalidade convicta. Não temos, portanto, a ironia de ponta de língua de um Cansei de Ser Sexy, tampouco o clima cadavérico das festas cariocas que desenterravam Rosana e Sylvinho Blau Blau com traços nojentos de piedade. As referências, aqui, são convivas de uma mesma época; mas elas ganham uma vitalidade inegável justamente por esse diálogo ser direto, frontal e honesto.
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Álbuns do Cut Copy em ordem de preferência
In Ghost Colours (2008)
Bright Like Neon Love (2004)
quarta-feira, novembro 25, 2009
Postado por Fábio Andrade às 11:53 AM
terça-feira, novembro 24, 2009
Postado por Fábio Andrade às 12:57 AM
Deixa eu brincar de Develly
Conversa com o amigo e gênio de plantão Daniel Develly, na época em que Aquele Querido Mês de Agosto estava em cartaz no Rio:
Eu: - Tenta ver o filme. É muito bom.
Develly: - E só porque é bom eu tenho que ver?
quarta-feira, novembro 04, 2009
Postado por Fábio Andrade às 11:53 AM
File under heheheÉ no mínimo uma bela piada que, no catálogo da mostra A Elegância de Woody Allen, meu texto sobre Poucas e Boas venha logo depois de um texto do Bruno Medina (ex-tecladista dos Hermanos) sobre o mesmo filme, e que o dele se chame A Doce Dicotomia dos Gênios, e o meu, na página seguinte, comece com esta epígrafe de Ezra Pound:
"Se suas percepções são hipernormais em qualquer parte do espectro, ele [o artista] pode ser de grande utilidade como escritor - embora talvez não de grande 'peso'. Eis onde entra o chamado gênio da pá-virada. O conceito de gênio como próximo da loucura foi cuidadosamente fomentado pelo complexo de inferioridade do público".
Chacun ses três pontinhos.