terça-feira, dezembro 30, 2008

Novo Ano Velho

A melhor parte de fazer listas de final de ano é se jogar na correria da prorrogação para ouvir alguns discos que passaram pelos buracos colossais da minha atenção (já que a de filmes parece fechadinha), e aos poucos ir percebendo que a pré-lista que eu havia pensado pode acabar inteira na lixeira.

quarta-feira, dezembro 24, 2008

Feliz Natal!

segunda-feira, dezembro 22, 2008

Rosto a rosto

Então, Rafael, não sei se eu saberia escrever uma resenha, de fato, sobre o show do Face to Face no Rio não. Diria que foi um show histórico, não só pelo sentido corrente do termo, mas também porque todos ali - público e banda - estavam celebrando uma história, uma relação do passado, uma dívida que era, enfim, purgada. Por isso mesmo, talvez a frase que melhor definia a noite para mim não vinha de uma canção do Face to Face, mas sim do refrão daquele hit do Prince: so tonight I'm gonna party like it's 1999.

E, ao mesmo tempo em que foi incrível reencontrar amigos e canções que há anos haviam sumido da minha vida, quando cheguei em casa eu fui tomar um Dorflex, para fazer com que a dor no corpo ficasse suportável nos dias seguintes. E
a data de validade do comprimido e a necessidade de tomá-lo me faziam lembrar que estamos em 2008.

quinta-feira, dezembro 18, 2008

Noctivagueando

Cheguei em casa às 2h30, com os olhos ardendo de sono improvável, e o corpo cansado de se cansar. Fiz o que há muito não fazia: passei antipático pelo computador e fui direto pra cama. Mas liguei a tv. Entre momentos de Saia Justa, programas culinários e um pedaço de um dos episódios de Seinfeld que vi mais vezes na vida (o do casaco de camurça com forro listrado de rosa e branco), fiquei me perguntando o porquê desse ritual noturno. Não vejo um filme, leio um livro, ou me entrego a qualquer atividade minimamente programada; apenas fico zanzando na tv ou no computador, tentando ser encontrado por alguma coisa. Chegam as 5h, os olhos ardem cada vez mais, e começo a ter sérias dificuldades em justificar minha insistência em ficar acordado. Até que passo pela Mtv e, no momento exato em que repouso o controle, começa essa maravilha aí:



E, como na obra infinda de uma das cidades de Calvino, tudo - da Maitê Proença celebrando a morte do ex-Suzana Vieira, às raspas de casca de qualquer coisa que o Jamie Oliver jogou por cima dos bolinhos - alcançou, instantaneamente, plenitude de sentido.

sábado, dezembro 13, 2008

Um parágrafo: Vampire Weekend

Outro hype que demorei a conferir; só fui ouvir o disco de estréia do Vampire Weekend essa semana. As comparações com o Clash são previsíveis, mas existe uma diferença profunda entre os dois: o Vampire Weekend é uma banda de brancos, tocando música de branco como se fossem negros. Algo como o Libertines querendo ser o Hepcat. O Clash conseguia tocar música de qualquer jeito, do jeito deles, sem nunca ser outra coisa que não o Clash. O disco tem ótimos momentos: as três primeiras faixas são realmente muito fortes, em especial “Mansard Roof”, a primeira e melhor do disco. “A-Punk”, a terceira, parece um Operation Ivy depois de tomar vacina anti-rábica. Fora isso, alguns bons momentos isolados (“I Stand Corrected” e “Walcott”, principalmente – canção bastante prejudicada pelo desleixo do baterista cruzar a fronteira do estilo), e a impressão de que, como hype do novo mundo, o Vampire Weekend deveria ter ido mais fundo em sua época e lançado canções avulsas, e não fazer um esforço desnecessário para encher um álbum antes de ter repertório forte o suficiente para isso.

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quinta-feira, dezembro 11, 2008

Novo layout

Com a volta do computador do mundo dos mortos, achei que já era hora de dar uma renovada na cara do blog. O layout antigo nunca funcionou bem com Internet Explorer e, embora eu ainda tenha que ajustar umas coisinhas aqui e ali (fazer a busca funcionar, por exemplo), começar do zero era mais fácil do que ficar tentando consertar problemas cuja causa eu desconhecia. A lista de links está temporariamente de fora, mas volta, revisada e comentada, assim que eu tiver tempo de reorganizá-la. Aos poucos vou fazendo os ajustes necessários, e peço aos amigos que deixem, nos comentários, observações sobre possíveis problemas de funcionamento que eu ainda não tenha percebido. De volta à vida, então!

quarta-feira, dezembro 10, 2008

Status Update

Day & Age, novo disco do Killers, é bom pra caralho.

terça-feira, dezembro 09, 2008

Obrigado, filme de merda

Anúncio de [REC] na bilheteria do Estação Botafogo, que acaba sendo muito melhor do que o filme.

quinta-feira, dezembro 04, 2008

Apanhadão Cinético

Enquanto a máquina não ressuscita, faço destaque dos últimos textos escritos pra Cinética que ainda não foram linkados aqui. Ao lado dos filmes, minha cotação no imdb para os preguiçosos.

- Os Estranhos (The Strangers), de Bryan Bertino - 8/10
- Eu, Meu Irmão e Nossa Namorada (Dan in Real Life), de Peter Hedges - 7/10
- [REC], de Jaime Balagueró e Paco Plaza - 1/10
- Quatro Minutos (Vier Minuten), de Chris Kraus - 4/10
- Quase Irmãos (Step Brothers), de Adam McKay - 2/10

E ainda tem um retalhão de idéias que restaram do Festival do Rio.

segunda-feira, dezembro 01, 2008

Greve

O computador entrou em colapso e ainda não se recuperou. Sobra-me tempo e oportunidade para escrever dois dedinhos de prosa aqui ou na Cinética, mas atualizações mais dedicadas - como os Top 5's - se tornam inviáveis sem o fiel amigo em funcionamento. Dito isso;

1- "Chorus" foi interrompida no meio das gravações das guitarras. Estava ficando bem satisfeito com o resultado, embora tenha certeza de que tudo carecerá de ajustes mais cuidadosos na mixagem. Queria gravar uma última guitarra antes de partir para as vozes e detalhes, e foi esse desejo que a incontornável tela preta interrompeu.

2- Nesse meio tempo, escrevi outras duas canções. Já tinha algumas outras inacabadas, boiando em melodias que pediam letras ainda não escritas, mas essas duas novas vieram prontinhas e, poucos dias depois das idéias iniciais surgirem, elas já estavam crescidas e prontas pro mundo. Uma delas é uma balada country chamada "Windowsill"; e a outra, um rockão chupado dos últimos discos do Bruce, chamada "Rain or Shine". Estou feliz feito bobo com as duas, e espero gravá-las no embalo de "Chorus", assim que o computador se recuperar.

3- Já escrevi um texto pra Cinética, mas vale dar a dica enquanto ele não entra no ar: Os Estranhos é um belo filme que pode passar batido pelo circuito. Uma estréia de respeito, sem dúvida, com atuação impecável de Liv Tyler. Façam esforço para vê-lo; vale muito a pena.

4- Estou ridiculamente viciado em For Emma, Forever Ago, disco do Bon Iver que tinha baixado há milênios, mas só recentemente fui dar a devida atenção. "Skinny Love" e "re: Stacks" andam em altíssima rotação por aqui.

5- Depois de duas audições, Day & Age, novo do Killers parece, de longe, o mais fraco e farofento trabalho da banda. Pode muito facilmente se mostrar genial na terceira, sétima, ou décima oitava audição, mas por enquanto, necas. Veremos.