domingo, dezembro 30, 2007

Fabito’s Way 2007 Mix

Aprimorando as minhas tradicionais listas de fim de ano (lembrando que esse ano já foi povoado de listas por aqui), resolvi fazer uma coletânea das minhas canções favoritas lançadas em 2007. Sempre gostei de fazer coletâneas, mas tornar o hábito público me dá um novo tipo de satisfação. Várias das canções que aparecem neste "cd" (tá na medida pra queimar em um disco, se é que alguém ainda faz isso) já ganharam linhas desse blog, mas a idéia era tornar a coisa um pouco menos abstrata reunindo as canções, de fato, para download. Segue, portanto, a trilha-sonora sugerida para os tops que começo a publicar a partir de amanhã. Logo abaixo, derramo-me sobre cada uma das canções com a redundância apaixonada que já lhes é familiar. E que 2008 seja um ano mais bacana pra todos nós!






















01 – Maritime – Guns of Navarone

02 – Josh Ritter – Right Moves
03 – Son Volt – The Picture
04 – The Weakerthans – Tournament of Hearts
05 – Against Me! – Thrash Unreal
06 – The New Pornographers – My Rights Versus Yours
07 – Ben Lee – Love Me Like The World Is Ending
08 – Driving Music – I Am Trying Not to Break Your Heart
09 – Josh Rouse & Paz Suay – Car Crash
10 – Bishop Allen – Rain
11 – Ryan Adams – Oh My God, Whatever, Etc.
12 – Feist – 1, 2, 3, 4
13 – Wilco – Hate it Here
14 – Velvet Revolver – The Last Fight
15 – Bruce Springsteen – Long Walk Home
16 – Arcade Fire – No Cars Go
17 – The National – Start a War
18 – Idlewild – You and I Are Both Away
19 – Jimmy Eat World – Here it Goes
20 – Of Montreal – A Sentence of Sorts in Kongsvinger

01 – Maritime – “Guns of Navarone”
do álbum Heresy and the Hotel Choir

Faixas de abertura são uma questão delicada, pois elas determinam a maneira como você vai se relacionar com toda a obra que vem em seqüência. Não à toa, raramente consigo abrir uma coletânea com uma canção que não abra seu disco de origem. Não é questão de respeitar uma intenção autoral, mas sim de não conseguir me desprender de um frescor característico que me parece intrínseco a todas as boas primeiras faixas. No caso de “Guns of Navarone”, é uma faixa que empurra o ouvinte com uma força realmente impressionante, não deixando muita margem para hesitação. É uma canção que gosto de ouvir pela manhã, e o fato de ela ser a minha mais ouvida no Last.fm diz muito sobre o quanto de fé meus dias depositam nela. Poucas coisas podem ser tão cafeínicas nas primeiras horas quanto uma boa seqüência de três ou quatro acordes, espalhada por guitarras sem curvas em 3 cravadíssimos minutos.

02 – Josh Ritter – “Right Moves”
do album The Historical Conquests of Josh Ritter

O Josh Ritter está, definitivamente, entre os compositores que buscam no passado as referências para se criar algo familiarmente novo. Há alguns posts atrás, escrevi aqui que “Right Moves” parecia uma composição perdida do Brian Wilson para o Travelling Wilburys; de fato, a canção tem tanto de Wilson quanto de Dylan, Petty ou Harrison. Seu arranjo também me lembra muito o primeiro disco dos TW, principalmente por ficar naquela mistura simpaticamente desengonçada de estruturas de composição tradicional com um desejo de renovação pop que marca o disco de estréia da superbanda. Embora Ritter não seja exatamente um grande letrista, o paralelismo entre a integração do homem com a natureza e do amor com a música não deixa de ter bons momentos (gosto, em especial, do verso “I heard the night birds picking up the song / You threw your hair back and sang along / And I realized that I might lose you, you might lose me / Drift apart in the night and never know why”). Ao fim, minha relação com música não está muito distante disso.

03 – Son Volt – “The Picture”
do álbum The Search

O Son Volt é a banda formada pela segunda metade criativa do fabuloso Uncle Tupelo: enquanto Jeff Tweedy foi dominar o mundo com o Wilco, Jay Farrar e sua banda seguem com seu alt-country mais tradicional, mas igualmente convincente. Em “The Picture” - o primeiro single e a melhor faixa do álbum The Search - a inflexão de Farrar por vezes evoca Michael Stipe, mas com impostação travada pelos dentes que mascam tabaco. A sensacional linha de metais que puxa a canção está, sem esforço, entre os melhores riffs do ano. O bom é que a banda tem plena consciência disso, e a traz de volta várias vezes durante a canção.

04 – The Weakerthans – “Tournament of Hearts”
do álbum Reunion Tour

Desde Fallow, album de estréia do quarteto canadense The Weakerthans, tenho John Samson como um dos mais habilidosos contadores de estória do nosso tempo. “Tournament of Hearts” acompanha um sujeito que não quer ir pra casa, e entorna suas angústias como pints de cerveja em um bar. O repertório de imagens de Samson é de sufocante expressividade: as flâmulas velhas que amarelam na parede; os integrantes de um time campeão do passado que, emoldurados em uma velha foto, desaprovam o comportamento do protagonista; o tira-gosto que pergunta o que ele ainda faz fora de casa. Tudo isso para lutar com a dificuldade que cerca todos os discos da banda: a falta de palavras novas que dêem conta de sentimentos que já não encontram expressão precisa em vernáculos empalidecidos pelo uso. É com essas imagens que Samson constrói mais um de seus inesquecíveis personagens, imortal em três minutos e meio de uma canção pop. Como bônus ainda temos a deliciosa brincadeira de “never ever”s do refrão; palavras que rolam pela boca como uma bala que nunca parece doce demais.

05 – Against Me! – “Thrash Unreal”
do álbum New Wave

A personagem de “Thrash Unreal” não está muito distante da angústia que toma “Tournament of Hearts”, e suas soluções são basicamente as mesmas: escapar das semanas bebendo e dançando a desesperança de uma vida diferente. Em um primeiro momento o coro de pa-pa-pa pode parecer golpe baixo, mas é só Tom Gabel atropelá-lo com a melodia do refrão para apagar a dúvida de que estamos diante de um dos mais vigorosos rockões do ano.

06 – The New Pornographers – “My Rights Versus Yours”
do álbum Challengers

Os New Pornographers não só fizeram uma das melhores canções do ano, como provavelmente fizeram a melhor letra. De certa forma, “My Rights Versus Yours” é uma resposta – embora essencialmente onírica, e por isso mesmo arriscada – às questões das duas canções anteriores: diante da angústia, resta sempre a oportunidade de se encontrar “a verdade em uma tarde livre”. A letra de “My Right Versus Yours” me faz lembrar o belíssimo passeio de carro ensolarado que toma o sonho dos garotos ao final de As Virgens Suicidas (embora seu lado mais otimista também esteja muito próximo de toda a segunda metade de Blissfully Yours), e muito da letra caminha em desequilíbrio parecido: são personagens em constante risco de perda (“The medicine, it still won't work / But there's dangerous levels of it here”), que seguem em frente tomados pela esperança de vivenciar, nem que seja por um breve instante, a essência do mundo (“Under your wheels, the hope of spring / Mirage of loss, a few more things / You left your sorrow dangling / It hangs in air like a school cheer”). Acho “miragem de perda” uma imagem de riqueza ímpar. É algo que eu gostaria de ter escrito.

07 – Ben Lee – “Love Me Like The World Is Ending”
do álbum Ripe

Quando passei da primeira para a segunda faixa dessa compilação, me espantei por ter conseguido enfileirar duas faixas com a palavra “lions” em suas letras. Mais espantoso (meio patológico, até), porém, é ver o desenho temático em que as canções foram se ajustando, e que só percebo agora, enquanto escrevo sobre cada uma delas. Com Ripe o Ben Lee sai de vez do conforto de singer/songwriter para indies, e entra no delicado terreno dos artistas com intenções francamente pop. O disco patina em diversos momentos, mas não o suficiente para apagar seu brilho. “Love Me Like The World Is Ending” é um complemento radiofônico a “My Rights Versus Yours”: enquanto a canção dos New Pornographers se entrega a um imaginário livre e dominante, Ben Lee busca conforto na promessa de uma frase vazia, de um lugar comum. A idéia de se extinguir para poder viver, porém, é a mesma, e Ben Lee não passa por ela sem deixar versos de comovente simplicidade (“And I know the sky is what makes the ocean blue”, ou “And they all say to pour it has to rain / So don’t complain if we get wet”).

08 – Driving Music – “I Am Trying Not to Break Your Heart”
de Demo 2007

Como o blog é meu, a coletânea é minha, e o ano foi meu, não pensei duas vezes em colocar uma das minhas canções aqui no meio também. De certa forma, o desejo é bastante próximo do último par de canções: navegar embora com a ironia que nos resta. Mas digo, sem rodeios, que colocaria meu filhote entre os mais adoráveis sem grande culpa: gosto muito, muito mesmo dessa canção. E não deixa de ser um conforto (e de, em retrospecto, fazer um sentido danado) perceber que minhas ansiedades são compartilhadas por algumas das canções que vêm encaixando as peças dos meus dias.

09 – Josh Rouse & Paz Suay – “Car Crash”
do ep She’s Spanish, I’m American

Após o belíssimo dueto em “The Man Who Doesn’t Know How To Smile” (de Subtítulo), o casal Josh Rouse e Paz Suay lançam o ótimo ep She’s Spanish, I’m American. A primeira faixa é “Car Crash”, uma das melhores e mais animadas canções já escritas por Rouse (chega a flertar com o funk, espalhando wah wahs pelos cantos). A letra da canção é quase uma transcrição de tudo que passa pela minha cabeça quando pego um táxi no Rio de Janeiro.

10 – Bishop Allen – “Rain”
do album The Broken String

A lógica de “Rain” é de niilismo diferente da de “My Rights Versus Yours” ou de “Love Me Like The World Is Ending”: para o Bishop Allen, as coisas só melhoram após ficarem realmente ruins por um dia. A melodia de “Rain”, porém, olha para o depois da chuva, para a cidade já limpa depois de a enxurrada tirar tudo do lugar. É um refrão incrivelmente sedutor, e a versão que você encontra nessa coletânea é exclusiva (‘cause I’m good like that!): enquanto a introdução de bateria é compartilhada com o fim da faixa anterior na masterização original, só aqui você pode ouvir o compasso inteirinho, sem ter que começar a dançar antes mesmo de entender o tempo da porcaria.

11 – Ryan Adams – “Oh My God, Whatever, Etc.”
do álbum Easy Tiger

Não me parece errado dizer que Easy Tiger se situa entre os discos menos inspirados de Ryan Adams: não há nada ali que faça jus aos dias de Heartbraker, Gold ou mesmo Jacksonville City Nights. Muito por Adams não fazer muita cerimônia em cair no piloto automático, desperdiçando momentos inspirados em canções que parecem se escreverem sozinhas e sem muita vontade. “Oh My God, Whatever, Etc” é uma das melhores do disco, talvez por lembrar mesmo a época de Heartbreaker. E se é uma pena que, na segunda estrofe, Ryan Adams não dê cabo à interessante primeira metade da canção (o homem que ouve pedaços da vida do vizinho pela parede), ainda temos uma melodia belíssima para levar na cabeça.

12 – Feist – “1, 2, 3, 4”
do álbum The Reminder

Eu tinha pensado em driblar a obviedade e colocar uma outra canção da Feist aqui. A questão é que “1, 2, 3, 4” é a melhor canção do ano, e tira-la desse cd seria como o Coutinho tirando “My Way” do final do Edifício Master só porque ia ficar um final bom demais.

13 – Wilco – “Hate it Here”
do álbum Sky Blue Sky

No dvd que acompanha a edição gringa de Sky Blue Sky, Jeff Tweedy diz que só queria escrever letras que sua mulher pudesse cantar sem temer pela sanidade do marido. De diversas maneiras, Sky Blue Sky é um longo pedido de desculpas, e em “Hate It Here” isso ganha uma transparência desconcertante: o homem que busca maneiras de passar o tempo enquanto espera pela sua amada, para só no final admitir que, na verdade, ele não sabe lidar com a realidade de que ela não mora mais ali.

14 – Velvet Revolver – “The Last Fight”
do álbum Libertad

Você sabe que o mundo segue correndo sobre os eixos certos quando bandas de rock ainda escrevem grandes baladas sobre os dias passados na cadeia.

15 – Bruce Springsteen – “Long Walk Home”
do álbum Magic

O Bruce Springsteen ainda canta sobre cidades mortas como ninguém, e “Long Walk Home” é o melhor exemplo a se encontrar no excelente Magic. Se a canção do Velvet Revolver fala da culpa do transgressor, o narrador de Springsteen parece sempre recém-saído da prisão: seu desejo de sorver o mundo é avassalador, mas é um desejo insaciável, pois esse mundo não é mais reconhecível. “Long Walk Home” tem ao menos duas grandes encapsulações desse sentimento: “The diner was shuttered and boarded /With a sign that just said ‘gone’ ” e o pai que diz ao filho “Your flag flyin' over the courthouse / Means certain things are set in stone / Who we are, what we'll do and what we won't”

16 – Arcade Fire – “No Cars Go”
do álbum Neon Bible

Funeral, o disco de estréia do Arcade Fire, continha um indiscutível hino: “Wake Up” era uma canção tão absolutamente grandiosa que extraiu elogios de meio mundo, e se tornou introdução para os shows da turnê Vertigo do U2. De certa forma, Neon Bible é um disco de anti-hinos, o que não deixa de ser uma resposta digna a toda a expectativa criada em torno da banda. Muito por isso, acho extremamente difícil isolar as canções do disco sem tirar sua força contextual. “No Cars Go” talvez seja a única exceção, o que faz bastante sentido: a versão de Neon Bible é uma regravação da canção, que já aparecia no ep de estréia da banda. A melodia esplendorosa faz contraste notável à simplicidade certeira da letra, gerando mais um belo momento de um dos grupos mais legais a surgir nos últimos anos.

17 – The National – “Start a War”
do álbum Boxer

“Start A War” talvez preceda o lamento conformado que Tweedy desfia em “Hate It Here”: o que temos aqui é o momento irreparável da separação, e o desespero de quem se vê empurrado à desagradável esquina da vontade contrariada. Se no brilhante Alligator Matt Berninger se firmava como uma das vozes mais profundas do pop atual, recitando as cinco linhas de “Start A War” ele soa como o canto da própria consciência. Poucas frases já traduziram tão bem o fim de um relacionamento quanto “Whatever went away I’ll get it over now / I’ll get money, I’ll get funny again”.

18 – Idlewild – “You and I Are Both Away”
do álbum Make a New World

Depois do fraco Warnings, promises, o Idlewild recupera parte do seu brilho em Make a New World com alguns pares de belas canções. “You and I Are Both Away” é da fração mais U2 da banda, de onde já surgiram coisas primorosas como “American English” e “Live in a Hiding Place”. Embora eles nunca tenham me impressionado pelas letras, às vezes pesco uma ou outra jóia de simplicidade, e “You and I Are Both Away” tem uma delas: “It's more than I am / To be more than I am”.

19 – Jimmy Eat World – “Here It Goes”
do álbum Chase This Light

Desde o fantástico Bleed American, o Jimmy Eat World vem se empurrando para o desconfortável limite entre quem não quer se levar a sério demais, e quem se leva a sério demais. Assim como Futures, Chase This Light se perde um pouco nesse buraco, sem nunca mostrar vontade de fato de sair dele. Mas em certas canções eles chutam a vergonha de lado e voltam a fazer música abertamente pop, com batidas de dance music, refrões pegajosérrimos e até um hey-hey-hey de frat party meio constrangedor. “Here It Goes” tem tudo isso, e por isso mesmo se sai como a melhor do disco. Quando levo meu discman (sim, eu ainda uso discman) comigo, sempre me flagro adequando o passo ao andamento da canção que me chega pelos headphones. “Here It Goes” ainda traz esse potencial de constrangimento: mais de uma vez já me percebi marchando pelas ruas da cidade, em uma ridícula dancinha involuntária.

20 – Of Montreal – “A Sentence of Sorts in Kongsvinger”
do álbum Hissing Fauna, are you the Destroyer?

De tudo que eu ouvi em 2007, o Of Montreal é a banda que eu gostaria de ter curtido mais. “A Sentence of...” abre Hissing Fauna como um Abba moderno, com programações divertidas e tiradas de humor na medida certa (quantas canções começam fazendo troça de bandas de metal norueguesas?). Além disso, construções melódicas bastante sofisticadas (em certo momento chegam a lembrar o que Brian Wilson tornava normal em Pet Sounds ou mesmo Smile) e uma ou outra imagem de inegável simpatia (“Our plane is sleeping on a cloud”) levam o baile da canção com uma vivacidade extremamente bem vinda. É pena que o resto de Hissing Fauna ainda não me pareça tão bom quanto seu começo. Fechar essa coletânea dessa maneira não deixa de ser um desejo de ano novo, esperando clicks e acenos amigáveis de canções tão sorridentes quanto essa.

2 comentários:

Anônimo disse...

curti, baixei e vou ouvir, hein.

se eu tivesse que fazer a mesma coisa, sem repetir nenhuma musica que voce pôs, meu disquinho seria mais ou menos assim:

1) lcd soundsystem - all my friends. porque tem que começar com a melhor música do ano. e porque qualquer música com mais de sete minutos que parece ter menos de dois só pode ser a melhor do ano. where are your friends tonight é simples e dói o coração.

2) ryan adams - two. o easy tiger é médio mesmo, mas o ryan adams é tão fera que tira umas músicas tipo 'two' da cartola com uma puta facilidade. it takes two / and it used to take only one é simples e bonito. assim como i have a really good heart / i just can't catch a break.

3) rilo kiley - under the blacklight. 'silver lining' é pra ser a melhor musica do disco, mas eu curto muito essa. é tão relaxada e tranquila e popzona. não é fabulosa, mas encaixa bem em qualquer disco.

4) autumn defense - winterlight. tem um trechinho que é semi plágio do roupa nova. mas é linda. é preguiçosa, arejada e doce.

5) wilco - sky blue sky. também é preguiçosa, arejada e doce. é tão mundana..mas do melhor jeito possível. 'if i didn't die / i should be satisfied / i survived / that's good enough for now'. é música pra ouvir depois do silêncio que se segue às tragédias.

6) son volt - methamphetamine. o ex-amiguinho do jeff tweedy também é bem bom. essa música segue a linha desgastada-pela-vida-mas-com-ternurinha-no-coração das anteriores. solitária, cotidiana etc etc. musicão.

7)elvis perkins - while you were sleeping. só porque eu me identifico muito, com meu sono infinito. e porque é uma das melhores letras sobre o tempo. e porque segue a linha estou-aqui-tenho-uma-boa-melodia-mas-não-sou-esporrento-nem-grito-por-atenção. while you were sleeping / you tossed / you turned / you rolled your eyes as the world turned / the heavens fell / the earth quaked / i thought you must be but you weren't awake.

8) national - mistake for strangers. porque essa banda é boa mesmo.

9) keren ann - it's all a lie. é épica sem ser. nunca pensei que fosse usar a palavra 'etérea' como qualidade, mas vá lá

10) lcd soundsystem - someone great. tem batidinha! e tem melodia! e tem arranjo interessante e nao repetitivo! e tem letra boa! to bobo.

11) simian mobile disco - love. porque rebolar faz bem pra coluna. e musiquinha dançante tem que ser kitsch, ter letra-que-dá-pra-cantar-junto e tecladinhos house.

12) chromeo - waiting 4 u. pra continuar na linha kitsch-brega-dançante. precisa dizer que eu curto essa ondinha dance+pop autoconscientemente demodé mas sem vergonha de ser feliz?

13) mika - love today + grace kelly. pra terminar o disquinho soltando a franga, com penas voando por todos os lados, imitando os agudões e tudo mais.

Fábio Andrade disse...

pô, sensacionais a presença e o comentário. tem várias coisas aí que ainda não ouvi - inclusive, vejam só, o mika. tem um ou outro - tipo rilo kiley e lcd soundsystem - que tá baixado mas não ouvido. a fila tá andando, então eu chego lá.

mas não consigo ler teu comentário e controlar a vontade de frisar a canção do wilco que tu escolheu: é uma das melhores do disco, e tem um solo de violão que é um absurdo. tu viu o dvd do sky blue sky? tio jeff falando dela faz rolar lágrimas... sério mesmo. acho a letra muito, muito bonita. não que isso seja novidade tratando-se de wilco.

vou baixar o que não conheço e depois digo o que achei. não deixe de dar sua opinião sobre a coletânea depois de ouvi-la. até hoje só a clarissa ganhava meus mix-cds. isso significa que todo mundo que lê esse blog (todas as 6 pessoas) passaram a ser, oficialmente, minhas novas namoradas.