sábado, dezembro 13, 2008

Um parágrafo: Vampire Weekend

Outro hype que demorei a conferir; só fui ouvir o disco de estréia do Vampire Weekend essa semana. As comparações com o Clash são previsíveis, mas existe uma diferença profunda entre os dois: o Vampire Weekend é uma banda de brancos, tocando música de branco como se fossem negros. Algo como o Libertines querendo ser o Hepcat. O Clash conseguia tocar música de qualquer jeito, do jeito deles, sem nunca ser outra coisa que não o Clash. O disco tem ótimos momentos: as três primeiras faixas são realmente muito fortes, em especial “Mansard Roof”, a primeira e melhor do disco. “A-Punk”, a terceira, parece um Operation Ivy depois de tomar vacina anti-rábica. Fora isso, alguns bons momentos isolados (“I Stand Corrected” e “Walcott”, principalmente – canção bastante prejudicada pelo desleixo do baterista cruzar a fronteira do estilo), e a impressão de que, como hype do novo mundo, o Vampire Weekend deveria ter ido mais fundo em sua época e lançado canções avulsas, e não fazer um esforço desnecessário para encher um álbum antes de ter repertório forte o suficiente para isso.

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