segunda-feira, julho 20, 2009
Postado por Fábio Andrade às 7:16 PM
A produção da distância
Untitled (1988/90), de Zoe Leonard;
sábado, julho 18, 2009
Postado por Fábio Andrade às 2:29 PM
Like a hurricane
sexta-feira, julho 17, 2009
Postado por Fábio Andrade às 1:42 AM
quarta-feira, julho 15, 2009
Postado por Fábio Andrade às 8:51 PM
Notas infundadas sobre o envelhecimento
O universo dominante da maturidade de Ensor é frustrante, pois traz para o terreno figurativo questões que já eram plenas quando subcutâneas em seus primeiros trabalhos. A ambivalência em relação à vida aparece tão mais bem expressa em suas pesquisas gestaltistas da relação figura/fundo (e é uma grande ironia que um de seus mais belos quadros se chame The Domain of Arnheim, e seja muito anterior aos estudos de Rudolph Arnheim dos fundamentos da gestalt), onde a figura (pois nem sempre é o ser) aparece tencionada entre a vontade de se ver integrada ao m(f)undo, e a necessidade pessoal de se destacar dele - algo que, talvez, atinja maior nível de clareza em suas gravuras a carvão.
Onde termina o chão? Onde começa o rosto? Um se projeta sobre o outro, e a imagem se torna esse espaço indiscernível, imprecisável, incomensurável. A fase madura de Ensor é por demais auto-consciente, e o auto-retrato não é mais movido pelo drama do desaparecimento, mas sim pelos limites que os separam de suas criaturas. Há, aí, algo de carnavalesco, e não é à toa que o carnaval tenha adotado o termo "alegoria"; há necessidade de clareza, pois o meio (o rapaz que olha para a câmera, naquela foto de Avedon) não é mais o centro de discussão. É apenas um meio, de fato.
Postado por Fábio Andrade às 1:52 AM
sexta-feira, julho 10, 2009
Postado por Fábio Andrade às 12:39 PM
Once a sailor, always a sailor
Foto brilhantemente fanfarrona de Richard Avedon, parte de Avedon Fashion, exposição no International Center of Photography.
quinta-feira, julho 09, 2009
Postado por Fábio Andrade às 1:40 PM
Cinema Argentino
É bastante expressivo que o brasileiro Curumin tenha fechado sua apresentação de ontem, no Central Park, com uma versão para "Beat It", do Michael Jackson - e ainda mais gritante que tão pouca gente tenha comprado a adulação. Expressivo, pois sela a minha impressão de que o problema mais grave dessa tal nova música brasileira é a vontade excessiva de agradar. Sua música é bem tocada, com boas referências, e tudo mais; mas é simpática demais, redondinha demais. Com isso, se torna inofensiva, inócua, estéril.
Há, no trabalho de Curumin, uma coordenação clara que agrupa muito da música brasileira que funcionou fora do Brasil (de Jorge Ben ao funk carioca), mas que tira delas o fator de risco que lhes era originalmente revigorante. O mesmo acontece com a relação com a música alternativa contemporânea, do que o sampler de violão é o grito mais alto (por que não tocá-lo ao vivo, se o sampler, em si, nada acrescenta?). É Tim Maia sem peso, samba sem a iminência do descontrole, Karnak feito óbvio (em vez de "O mundo caquinho de vidro" temos "A esperança é a última que morre"), Animal Collective como tocador de playback. Falta uma ponta de algo que, talvez, só seja perfeitamente expresso em inglês: edge. Algo que estava lá até mesmo no pior de Caetano, Chico, João Gilberto, ou nos momentos mais auto-indulgentes dos Hermanos.
O show do Curumin fez lembrar o do Ludov que vi no Curitiba Pop Festival (ano do Pixies), em que a vocalista parecia ter medo de deixar dissipar o sorriso constante, como se toda pessoa na platéia fosse um executivo de gravadora em potencial. E poucas coisas são tão repulsivas quanto o sorriso forçado, a simpatia obrigatória.
Juana Molina, por sua vez, foi exatamente o oposto disso. Dá seu boa noite cheio de doçura (mas sempre meio tímido) em vestido xadrez amarelo, e começa logo a impressionar pela destreza e criatividade com que pilota seus aparatos (dessa vez escorados por dois outros músicas - baixo e bateria). Não é pro meu gosto, mas é sempre bom, instigante e sólido. Vi umas cinco músicas (lembrando que eu já tinha visto seu show no ano passado), mas aí ja era tarde para recompor a pau molência proporcionada por Curumin e o dj El G - que animava os intervalos com overdoses de raggaton (vulgo: o ritmo mais chato do mundo, a não ser pela abertura do Beau Travail).
quarta-feira, julho 08, 2009
Postado por Fábio Andrade às 3:27 PM
Contrabando de Formigas
5. The Everlasting Youth
Perto da Washington Square, um jovem aproveitava o raro dia de vento no verão. Naquele breve cruzamento, nada sobre ele importava muito, a não ser o fato de ele ser jovem. E, como quase todos os jovens do país, tinha algo de roqueiro. A camisa azul clara fazia menção a um festival de 2002. No centro dela, um desenho de traços à New Yorker de um homem de perfil, com os cabelos penteados para trás, e o rosto sério como o de um jovem Leonard Cohen. Logo abaixo, o nome da estrela aparecia todo em caixa alta, feito ELVIS, BEATLES ou RAMONES:
MAHLER.
domingo, julho 05, 2009
Postado por Fábio Andrade às 9:57 AM
Those Lovely Seaside Girls
É esse o nome do ep que traz "Chorus" e "Rain or Shine", as duas mais novas canções do Driving Music. Passei os últimos meses (mesmo com alguns longos intervalos) trabalhando pesado nas duas filhotas, e agora elas estão aí, pelo mundo, esperando que você as escute. Você pode fazer o download direto do novo site do Driving Music, ou escutá-las primeiro (para ver se vale a pena) no MySpace. Passe para quem você acredite que possa se interessar, e não deixe de depositar seus dois tostões de prosa nos comentários
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Hoje parto para Nova York para mais um mês de férias roqueiras. Como estarei devidamente conectável por lá, enviarei atualizações rápidas ou por aqui, ou pelo Twitter. Até Agosto!