segunda-feira, junho 30, 2008
Postado por Fábio Andrade às 2:33 AM
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A próxima quinta-feira marcará não só o início de um mês longe de todas as atividades que convencionei chamar de vida, mas também o mergulho na vontade de torrar todo o dinheiro guardado nesse último ano, rachando Julho entre Nova York e Los Angeles. Será meu primeiro ano com dois verões desde 1997, e a primeira viagem dedicada quase que exclusivamente ao rock. Estarei muito provavelmente afastado do blog durante todo o mês (a não ser que parar pra postar qualquer coisa pareça, por algum motivo, mais interessante do que desbravar mais um canto em uma cidade onde estarei ridiculamente feliz por estar), com visitas ocasionais à caixa de emails quando a abstinência se tornar insuportável. Prometo não trazer nenhum cd, um ou outro dvd que pareça realmente inalcançável por qualquer outro meio, e alguns cartões de memórias lotados de fotos que – um dia, quem sabe – podem parar em um Flicker da vida (para, pouco depois, virarem propaganda de um curso de música no interior de São Paulo).
Usem o espaço de comentários para recomendações de lugares que devo visitar, amigos de amigos que mereçam uma ligação, marcas de cerveja que eu não posso deixar de experimentar, ou qualquer outra coisa que confirme minha viagem de férias como um convite ainda mais sedutor, e que a volta sirva apenas para catar a Clarissa pelo braço, depois de vender meu corpo na loteria do Green Card.
Encontros roqueiros já agendados:
· Feist – top de 2007 com The Reminder, vice-musa da casa, e ausência sentida desde o perdidão no Tim Festival.
· Lucero – top de 2006, meia dúzia de belos discos e dois shows à $15, no meio da semana. Vou acabar vendo os dois.
· The Hold Steady – medalha de prata em 2006, com um belo disco novo já espalhado na rede. Não é tão bom quanto o álbum anterior, mas a soma dos hits de ambos rende, certamente, os melhores setlists possíveis na carreira da banda até hoje.
· Smoking Popes – quarteto de Chicago que parece capturar o Morrissey no momento em que seu desejo por se tornar um cantor de country se tornou incontornável, só que com uma banda punk de apoio. Lançaram dois discos lindos antes de acabarem (Born To Quit e Destination Failure), e, após uma tour de reunião, estão lançando um terceiro.
· Stone Temple Pilots – se o Scott Weiland de fato aparecer, tem tudo pra ser histórico.
· Jimmy Eat World – uma das poucas bandas da adolescência capaz de ainda sustentar meu interesse. Chase This Light, o último disco, não é nenhum Bleed American, mas é bem mais legal que Futures, o anterior. O show deve ser uma overdose de hits. Diversão garantida.
· Spoon – somando as favoritas de todos os discos, eles podem fazer um puta show. Se forem no sentido contrário, pode ser um saco. Reza a lenda que a banda não é boa ao vivo, mas eu vou me divertir mesmo se for muito ruim.
· Hot Water Music – vai ser ainda mais fera por proporcionar um encontro com vários amigos da west coast, em Philadelphia. Prometo não medir esforços pra tirar um foto ao lado da estátua do Rocky.
· Breeders – não fui vê-los no primeiro Curitiba Pop Festival porque, na época, Curitiba me parecia tão distante quanto Nova York. Eles fazem dois shows grátis em um mesmo fim de semana, mas o primeiro bate com a viagem a Philadelphia. O único disco deles que eu realmente gosto é o Last Splash, então o show pode acabar sendo um fiasco (um fiasco grátis, é bom lembrar). Ainda assim, poucas possibilidades me parecem tão imperdíveis quanto ouvir “Divine Hammer”, “Driving on 9” ou “Cannonball” em uma tarde de verão em Nova York.
· The Loved Ones – projeto atual de um ex-Kid Dynamite, seguramente a melhor banda de hardcore dos últimos 20 anos. O primeiro disco deles é bacana, e todos dizem que eu iria adorar o segundo. Eles abrem pro HWM e pro Hold Steady, então devo vê-los duas vezes. De qualquer maneira, é a única banda de abertura que parece digna de menção.
Possíveis adições:
· Alkaline Trio – tenho bastante vontade de vê-los ao vivo, mas os dois shows que batem na minha agenda já estão esgotados. Caso a Ticketmaster coloque outro lote à venda, ou eu consiga comprar um ingresso por um preço razoável, entram pra lista.
· Mighty Mighty Bosstones - embora eles não lancem um disco bom desde o essencial Let’s Face It, é um show que eu tenho muita vontade de ver. Ainda não comprei ingresso, mas eles tocam em Nova Jersey, no mesmo dia dos Breeders em NY, com os Dropkick Murphys – banda que me dá medo, mas que o Bruce gosta. Se a logística não parecer inviável, vai rolar.
· Vaselines – tocam duas vezes em Nova York. Nem sabia que a banda tinha voltado à ativa, e sei menos ainda o que esperar desses shows.
· St. Vincent – Marry Me é um disco bem interessante, e a moça faz um show grátis no mesmo dia do Vaselines. Tem tudo para virar um belo programa duplo.
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· Brian Wilson – o ingresso é caríssimo ($125 o mais barato) e tenho quase certeza que sua atual presença seria mais fonte de depressão do que de saudável lembrança dos anos passados. É verdade que acho o sujeito um dos maiores gênios da história da música pop, mas é mais verdade ainda que aquele gênio muito pouco tem a ver com o homem que estará no palco, soterrando por uma monstruosa banda de apoio.
· Chuck Raggan – show solo de um dos vocalistas do Hot Water Music. Não sei. Mesmo.
· Bloc Party – não conheço bem, mas eles fazem dois shows em noites vazias em LA. Se alguém pilhar, acabo vendo.
· Less Than Jake / Goldfinger – esse aí só será levado em consideração se a insanidade das férias chegar a um nível tal que, no aconchego do meu apartamento, me é inconcebível. Já vi o LTJ aqui no Rio, e o Goldfinger não lança nada que preste há uns 10 anos. Se eles fossem tocar toda a primeira metade do Hang Ups, eu iria na hora, mesmo que só por consideração à adolescência. Como a chance de isso rolar é ínfima, a chance de eu ir não é nada maior.
Fora isso tem um show grátis do Sonic Youth (mas com reservas já esgotadas) no dia em que eu chego, Beach Boys (quem serão?), Zombies (e esses, então?), Shelby Lynne no mesmo dia do STP, Bob Mould, Bruce e Against Me! chegando a Nova York depois de minha partida, Wilco em Agosto, e o desejo de que as férias e o dinheiro durassem só um pouco mais.
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Driving Music
Meus mais sinceros agradecimentos a todos que apareceram no primeiro show do Driving Music, na adorável cidade de Juiz de Fora. A experiência não foi traumática o suficiente para sufocar o desejo de repeti-la, e estou tentando marcar uma edição carioca para a minha volta de férias. As músicas tocadas no show estão na comunidade do Driving Music no Orkut – em tópico que já rendeu comentários, err, interessantes.
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Cinética
Revista atualizada com textos meus sobre Fim dos Tempos – mais um belíssimo filme de M. Night Shyamalan – e a simpática surpresa Quando Estou Amando, de Xavier Giannoli.
2 comentários:
Espero que você não queira ensinar ninguém a bater palmas em Nova Iorque.
Olá Fábio, tudo bom?
Boa viagem pra você!
Como sugestão, recomendo apesar do preço alto, o show do Brian Wilson. Te garanto com conhecimento de causa que o show não é decepcionante, que a fantástica banda que acompanha Brian não o soterra e que algumas das mais belas gemas da história da música pop estarão presentes em versões emocionantes, como God Only Knows e Wouldn´t it Be Nice (um tom e meio abaixo, mas vá lá). Se não consegui te convencer peço que entrem as próximas testemunhas: DVD Smile ao vivo e CD Pet Sounds ao vivo (também saiu o DVD, mas não vi ainda). Tire suas próprias conclusões. Um abraço!
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